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Se todas as crianças vibram com a música, a Filipa, desde muito infante, não se contentou apenas com o ouvir e iniciou o aprofundamento desta arte.

Aos 10 anos inicia-se no estudo do solfejo e do grande e muito completo instrumento musical chamado acordeão. Mais tarde, já no tempo de descoberta de si mesma, no lindo mas muitas vezes atribulado período da adolescência, frequentou aulas de colocação de voz. Desde então, o amor à arte de cantar foi-se tornando cada vez mais conspícuo, pelo que as suas opções passaram, por deixar, por tempos, o estudo do acordeão, para fazer parte, como vocalista, de uma banda Pop Rock, da qual se havia enamorado. Alguns enamoramentos, nos montes e vales da vida, levam-nos longe, outros, porém, acabam quando a paixão se esvai. O tempo foi passando e após terminar, com sucesso, a sua formação superior, surgiram outros convites, entre os quais o de fazer parte do grupo Incantus, que se dedica ao estudo e interpretação da obra de José Afonso. 

A Filipa mantém serenidade enquanto canta, mas ao mesmo tempo mostra-se fadista na sua performance, pela alma com que canta, pelos gestos que ornamentam o seu canto e pela indumentária que a caracteriza. De estilo castiço, esta nova aquisição no mundo do fado é perseverante sem ser teimosa, esforça-se sem que este esforço diminua o seu brilhantismo em qualquer atuação, pois o seu objetivo é conseguir fazer sempre mais e melhor, sempre consciente de que só a humildade a pode catapultar para os voos que pretende fazer nos palcos do mundo do fado.

Nos últimos anos, o trajeto da Filipa levou-a a cantar nas melhores Casas de Fado de Lisboa, sendo uma presença assídua no prestigiado Café Luso. Além

disso, produz e realiza eventos e espetáculos em Portugal e no estrangeiro